Quais as diferenças de um tecido voltado à linha Workwear?

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 Em Dicas

Entra ano e sai ano, nosso time de vendas continua aconselhando empresas que tiveram problemas com a utilização de tecidos que não foram previstos para utilização como uniformes e apresentaram um baixo desempenho e acabaram por comprometer a relação custo benefício das peças adquiridas.

Isto não quer dizer que a utilização de tecidos de moda seja proibida ou desaconselhada para uniformizar a sua empresa, mas a opção por um tecido desta linha deve ser feita com muita cautela e conhecendo as adversidades que podem aparecer com o uso.

Para facilitar o seu entendimento preparamos abaixo uma abordagem detalhada sobre os principais pontos para facilitar sua decisão.

  1. Tingimento

Com certeza mora aqui uma das principais diferenças, costumamos dizer que tecidos voltados a uniformização são lavados num dia sim e no outro também, ou seja, diferentes de peças de vestuário voltadas a moda onde a utilização é bem menor, no caso de uniformes as peças são exigidas a um número muito maior de lavagens o que resulta num desgaste muito rápido caso o tecido não receba um tingimento especial.

E como isto ocorre? O tingimento reativo ou tradicional onde o tecido é imergido em um grande recipiente com água e corantes, é o tingimento  comum normalmente utilizado em peças voltadas a linha moda por ter um custo menor.

Para utilização em uniformes o tingimento indicado é o tingimento “à tina” conhecido no mercado como “Indanthren” nome de um pigmento de alta qualidade importado pela Dystar, este tipo de tingimento muito mais complexo proporciona um elevado nível de solidez ao tecido, que proporciona uma resistência a um número muito maior de lavagens a peça final.
Além disso por se tratar de um processo melhor controlado e com maior nível de exigência, as divergências de tonalidade entre lotes em fabricantes que utilizam este tipo de tingimento é muito menor em relação ao tingimento reativo.

  1. Reposição

Tecidos de moda acompanham tendências normalmente ditadas por mercados como Estados Unidos e Europa, via de regra o produto que você vê hoje foi idealizado e concebido a 18 meses em média atrás, e atualmente a fábrica se prepara ou já lançou novos materiais para acompanhar esta tendência do mercado. Com esta movimentação é normal que os fabricantes que tem seu foco voltado a moda, retirem tecidos e cores de suas cartelas não oferecendo a possibilidade de continuidade de fabricação do seu uniforme.

Existem casos ainda onde é possível produzir junto ao fabricante tecidos fora de linha, mas via de regra para isso é necessário a aquisição de um lote mínimo normalmente inviável, por isso caso seu objetivo seja implantar um uniforme que haverá de ser reposto, tome um cuidado muito especial quanto a este item.


Os fabricantes que tem seus produtos voltados para linha de Uniformes Profissionais ou linha Workwear, conhecem esta necessidade e já desenvolvem seus produtos pensando na garantia de reposição do tecido e cor, eventuais retiradas de produtos de linha podem acontecer, mas são raras e pontuais.

  1. Prazo de entrega

Um ponto importante a ser analisado é quanto a metodologia de fornecimento, como citado no início deste artigo, os fabricantes voltados a moda neste exato momento em que você está lendo este artigo estão comercializando o produto para daqui duas estações (verão inverno), como exemplo, se atualmente estamos no verão, os fabricantes de moda estão já comercializando seus materiais para os confeccionistas prepararem suas coleções para o verão do próximo ano. Na prática esta “programação” destes fabricantes a longo prazo podem ocasionar um prazo longo de aquisição dos produtos o que em muitos casos dificulta o processo de reposição.

  1. Importados

Com a globalização, centros com menor custo de mão de obra como os tigres asiáticos se tornaram referência na produção têxtil, principalmente nos tecidos majoritários em poliéster, já que o Brasil ainda é referência mundial na produção de algodão.

Com isso, dezenas de importadores exploram o mercado trazendo centenas de tecidos para diversas finalidades, na maioria das vezes buscando oferecer um menor custo em relação a produção nacional.

Na última década infelizmente, alguns fabricantes nacionais não conseguiram competir com os custos dos materiais importados e encerraram a produção de alguns materiais, principalmente os fabricados em poliéster.

Em relação às desvantagens de optar por tecidos importados, devem se ter cautela na escolha, tendo a ciência que os importadores focam suas aquisições no exterior em tecidos que possuem demanda, sendo que podem interromper a importação de itens que se tornarem desfavoráveis, além disso a oscilação de qualidade, tonalidade e a dependência da variação cambial são características deste mercado.

Procure sempre saber qual a procedência do material que está sendo utilizado para fabricação do seu uniforme, evite ser pego de surpresa!

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